540 kg de maconha desaparece e policia bota culpa em ratos
Especialistas garantem que animais jamais confundiriam droga com
alimento. Juiz deverá determinar se sumiço foi negligência ou ato deliberado de
ex-comissário e seus subordinados.
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Especialistas garantem que animais não confundiriam droga com alimento
(Foto: commons.wikimedia.org/)
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Oito policiais foram demitidos
após mais de meia tonelada de maconha desaparecer de um depósito na cidade de
Pilar, na Argentina. Ao serem questionados, quatro deles deram a mesma
justificativa para o sumiço da droga: disseram que ela foi comida por ratos.
O juiz Adrián González Charvay
não se convenceu e pediu esclarecimentos a especialistas da Universidade de
Buenos Aires, que garantiram que os animais jamais iriam confundir maconha com
alimento.
Além disso, mesmo na remota
hipótese de isso acontecer, seria preciso um grupo muito grande de roedores
para consumir uma quantidade tão grande da droga, e certamente os animais
teriam sido encontrados, muitos deles mortos.
De acordo com o jornal argentino
“Clarín”, a droga estava no depósito havia dois anos e fazia parte de uma carga
de 6 toneladas. Em uma recente conferência, porém, foi constatado que havia apenas
5,46 toneladas no local.
A suspeita recaiu imediatamente
sobre o ex-comissário de polícia Javier Specia, que deixou o cargo este mês e
foi substituído por Emilio Portero. Specia foi um dos que atribui o sumiço aos
ratos, juntamente com três de seus ex-subordinados.
Os quatro agora terão que se
apresentar ao juiz que comanda a equipe de investigação no dia 4 de maio.
Charvay deverá determinar se o desaparecimento foi resultado de negligência ou
um ato deliberado dos policiais.
G1
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