Em noite de terror, tarado armado com facão estupra 3 mulheres no DF
Por cerca de 40 minutos, ele
manteve relação sexual com uma, fez a outra chupar o pênis dele, e a terceira,
grávida de quatro meses, foi obrigada a masturbá-lo. Após os momentos de
terror, elas conseguiram fugir do tarado e pedir socorro aos vizinhos. O homem
quase foi linchado até a chegada da Polícia Militar.
Segundo as vítimas, ao invadir o
imóvel, o homem recolheu objetos de valor, entre eles, os celulares delas, e
colocou em uma bolsa. Depois, se virou e gritou que queria transar. Ele mandou
a grávida e a outra mulher entrarem em um dos quartos.
À terceira vítima,
ordenou tirar a roupa e a estuprou em outro ambiente da casa. Após a
violência, a proibiu de se vestir, pois ia “aproveitar do corpo dela, porque
ela era muito gostosa”. Chegou a gritar que “não tinha nada a perder nessa
vida”.
Depois, mandou a outra
mulher trancada no quarto tirar a roupa. Após a negativa, ele ameaçou
matá-la com o facão. Chegou a falar que cortaria os bicos dos seios e a cabeça
dela. Como a vítima mesmo assim resistiu, ele a obrigou a chupar o pênis
dele. Não satisfeito, voltou ao quarto onde estava a grávida para ela
masturbá-lo.
Num momento em que o homem
deixou o facão de lado, as mulheres entraram em luta corporal com ele e uma
delas conseguiu sair na rua, mesmo nua, e pediu ajuda aos vizinhos. Assustado,
o tarado pegou a bolsa com os objetos roubados e fugiu. Mas acabou sendo pego e
foi espancado até a chegada da Polícia Militar.
Ferido, foi levado ao Hospital
Regional da Asa Norte (Hran) e depois encaminhado para a delegacia, onde ficou
em silêncio e continua preso.
Em choque, as mulheres contaram
aos policiais que o homem era “muito cruel” e ameaçava matá-las, pois
já tinha cometido dois assassinatos no Ceará, de onde tinha vindo. Uma das
vítimas chegou a ficar ferida pelo facão. As mulheres também precisaram de
atendimento médico e receberam tratamento profilático em função da violência
sexual.
De acordo com a lei, não é
necessário haver penetração forçada para caracterizar estupro. O crime consiste
em “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso”.
Casos frequentes
O mês de setembro registrou 54 casos de estupro no Distrito Federal, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria de Segurança na última segunda (2). Desses, 23 foram cometidos contra mulheres adultas e houve 31 contra crianças e adolescentes ou vítimas vulneráveis.
O mês de setembro registrou 54 casos de estupro no Distrito Federal, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria de Segurança na última segunda (2). Desses, 23 foram cometidos contra mulheres adultas e houve 31 contra crianças e adolescentes ou vítimas vulneráveis.
Em relação aos estupros, 74%
ocorreram na casa ou no local de trabalho da vítima e do autor. E, em 68%
dos casos, havia vínculo entre vítima e agressor, com 100% das vítimas
sendo do gênero feminino.
Em relação aos casos de
estupros envolvendo crianças e adolescentes, 39% – quatro em cada 10 –
ocorreram na própria residência das vítimas. E, em 52% – ou seja, metade –,
havia vínculo entre a vítima e o agressor. No total, o número de estupros
diminuiu se comparado ao acumulado de janeiro a setembro de 2017 (554 casos)
com os acontecimentos de janeiro a setembro de 2018 (494 casos). Uma queda
de 10,8%.
“Os estupros, na maioria da
vezes, ocorrem dentro da residência, entre pessoas que têm vínculo entre si.
Não conseguimos colocar a polícia dentro das casas e, com isso, trabalhamos com
ações de prevenção. Fortalecemos o policiamento nas cidades com maiores
manchas criminais”, afirmou durante a divulgação do balanço o secretário de
Segurança Pública, Cristiano Sampaio.
De acordo com ele, o Governo do
Distrito Federal (GDF) tem trabalhado com um conjunto de ações de cada um dos
órgãos de segurança e programas para que todos saibam dos seus direitos. “Temos
uma visão clara. Há um ciclo em torno dessas questões. Assim, trabalhamos na
prevenção e, posteriormente, para abrir uma porta de saída, trabalhando a
ressocialização do sistema penitenciário”, disse.
Metrópoles